O cabelo é um dos primeiros aspectos que notamos em uma pessoa, seja ela homem ou mulher. Assim, fios bonitos estão associados à saúde e vigor e contribuem para a autoestima das pessoas.
Além de doenças, má-alimentação, uso de certos remédios e do excesso de estresse, as madeixas também estão expostas a diversos agentes que agridem os fios diariamente, tais como exposição solar, poluição, procedimentos químicos (tais como alisamento progressivo e coloração), processos mecânicos (como secador, chapinha, babyliss) e excesso de calor e umidade.
Por isso é necessário tomar alguns cuidados para reparar danos e resolver problemas relacionados aos cabelos. A área conhecida como tricologia e a terapia capilar são formas de manter a saúde do couro cabeludo e dos cabelos.
A tricologia é a especialidade que estuda o couro cabeludo, os cabelos e os pelos. O nome é de origem grega, e junta “thrikos”, que significa cabelo ou pelo, com “logia”, que significa estudo ou campo do conhecimento. Assim, os tricologistas estudam a formação e características dos pelos e as doenças que os acometem, bem como os tratamentos. As primeiras pesquisas dessa área surgiram na Inglaterra no final do século XIX.
Esta especialidade une a área da estética com a da saúde, pois envolve profissionais como médicos, nutricionistas, farmacêuticos, cosmetólogos, biólogos e químicos, que buscam realizar o diagnóstico das afecções do couro cabeludo e dos pelos do corpo. Também pode ser considerada uma área da especialidade médica da Dermatologia.
Os tricologistas são capazes de fazer análises profundas de modo a encontrarem soluções para as condições que alteram a estrutura e o aspecto dos fios, como caspa, oleosidade, quebra, infecções por fungos, queda acentuada e calvície. Para tanto, eles se valem de exames de sangue, tricograma, tricoscopia, mineralograma e biópsia do couro cabeludo.
Os exames de sangue podem detectar desequilíbrios hormonais, presença de infecções e de outras doenças, e são comumente usados na prática clínica como instrumento diagnóstico. O tricograma é um exame microscópico do cabelo que diagnostica as condições que provocam a queda do cabelo, pois analisa uma amostra de 50 a 100 fios por meio de microscópio e detecta as fases do ciclo para cada fio, fazendo uma estimativa da porcentagem dos fios que estão em fase de queda (telógena), de crescimento (anágena), ou em involução (catágena).
Já a tricoscopia é um exame menos invasivo, pois não é necessário arrancar os fios. Se bem realizada, pode ser suficiente para o diagnóstico, evitando cortes e dor. Por meio de um aparelho chamado de fotovideodermatoscópico, que amplifica as imagens de 10 a 200 vezes, a tricoscopia permite a análise bem detalhada do fio e couro cabeludo. Além do diagnóstico inicial, que pode detectar lúpus, alopecia areata, inflamações e descamações, esse exame também é útil para avaliar a evolução dos tratamentos utilizados.
O mineralograma é um exame laboratorial que investiga possíveis desequilíbrios de minerais no organismo por meio de 30g a 50g de cabelo retirados pela raiz. Esse exame consegue verificar se há presença de metais pesados no cabelo e consequentemente no organismo, o que pode indicar uma possível intoxicação.
Há casos em que as causas que levam à queda de cabelo são secundárias a doenças inflamatórias da pele, e por isso é necessária uma avaliação da pele do couro cabeludo. Nesses casos é preciso realizar uma biópsia do couro cabeludo, que consiste em retirar cerca de 4mm de pele, a qual será analisada em microscópio por um médico patologista.
A tricologia diagnostica e trata as dermatites que atingem o couro cabeludo, como a dermatite seborreica, a popular caspa, que se caracteriza por descamação e irritação no couro cabeludo, excesso de oleosidade, vermelhidão e coceira, podendo provocar a queda dos fios. Essa dermatite pode ser confundida com uma infecção por fungos como a tinea capitis. Essa micose é causada por um grupo de fungos dermatófitos que se alimenta da queratina da pele, pelos e unhas, e causa manchas vermelhas com crostas que provocam coceira intensa, ardor e queda de cabelo na região afetada.
A tricologia trata das doenças autoimunes que afetam o couro cabeludo e provocam queda de cabelo, como a psoríase, uma doença crônica que provoca lesões em forma de placas avermelhadas com a superfície esbranquiçada, sintomas semelhantes aos da caspa, pois causa coceira e descamação da pele.
Outra doença é o líquen plano, doença inflamatória que se manifesta pela vermelhidão e descamação do couro cabeludo, acompanhada de pequenas bolinhas arroxeadas ou listras brancas, coceira intensa e inchaço. Essas doenças devem ser tratadas rapidamente, pois levam à perda permanente dos cabelos nos locais atingidos, chamada de alopecia cicatricial.
A queda dos fios ou outros pelos do corpo é chamada pela medicina de alopecia, problema que acomete homens e mulheres e pode ser causado por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas.
A alopecia aerata, conhecida popularmente como “pelada”, é uma doença inflamatória de origem imunológica que lesa o folículo piloso e provoca a queda de cabelo ou de da barba, cílios e sobrancelhas, deixando falhas arredondadas ou ovais sem fios no couro cabeludo. Abalos emocionais, estresse, cansaço excessivo e doenças infecciosas também estão relacionados à causa do problema.
Já na alopecia traumática a queda de cabelo ocorre devido a lesões de várias origens, incluindo queimaduras e acidentes ou ao uso de penteados muito apertados como coques, tranças, rabos de cavalo, já que eles tracionam os fios.
Também pode ser causada pelo fato do indivíduo ter o hábito de arrancar os fios de cabelos constantemente, como ocorre na tricotilomania, uma desordem comportamental e psicológica. As lesões ou comportamentos que levam a esse tipo de alopecia devem ser tratadas rapidamente, pois podem levar à perda definitiva dos fios nos locais atingidos, chamada de alopecia cicatricial.
A alopecia androgenética, conhecida como calvície, é o tipo mais comum, e ocorre devido à predisposição genética em que altas doses de testosterona são convertidas em di-hidrotestosterona, molécula que fragiliza os fios, que com o tempo se afinam até tornarem-se imperceptíveis. Ela é mais frequente entre os homens, já que eles têm níveis muito mais altos desses hormônios, e por isso são acometidos pela calvície com mais frequência e com maior severidade do que as mulheres.
O excesso de procedimentos químicos, como a coloração, alisamento e escova progressiva, além do uso do secador e de chapinha alteram as fibras capilares e podem causar diversos danos, pois tornam os fios quebradiços e, consequentemente, intensificam a queda. Também é uma forma de alopecia traumática. Os tricologistas possuem os meios de realizar uma análise mais apurada, a fim de saber em qual parte da estrutura do fio ocorreu dano, direcionando assim o tratamento.
A terapia capilar é um método para a prevenção e de tratamento de problemas relacionadas aos cabelos e ao couro cabeludo que se utiliza de diversos procedimentos diferentes. O objetivo é tratar doenças, minimizar agressões externas, corrigir desequilíbrios internos ou externos, e devolver saúde aos cabelos.
Essas doenças e desequilíbrios podem ter diversas origens, já que as estruturas capilares fazem parte do organismo como um todo. A queda de cabelo e outros problemas capilares podem ser vistos como uma manifestação sutil e inicial de doenças potencialmente graves, como alterações da tireoide, anemia, sífilis, diabetes, lúpus e outras doenças autoimunes. Estresse, situações emocionais e alimentação incorreta também contribuem para os problemas, e por isso é importante consultar um médico especialista.
No entanto, fatores externos também são potenciais causadores desses distúrbios, tais como a falta de higiene correta, o uso de produtos inadequados, excesso de descolorações, progressivas, alisamentos e outros procedimentos químicos realizados de modo incorreto, dentre outros.
A terapia capilar é indicada para quem precisa tratar queda de cabelo, descamação, inflamação, oleosidade, e coceira do couro cabeludo, e para quem deseja melhorar o aspecto de fios quebradiços, porosos e opacos.
Funciona assim: durante a consulta são coletados dados sobre hábitos do dia-a-dia, histórico de vida e particularidades genéticas, e depois são realizados exames especializados em que o paciente passa por uma análise do couro cabeludo.
Feito o diagnóstico, o tricologista vai indicar o melhor tratamento para cada caso, que pode envolver o uso de medicamentos tópicos, tais como shampoos e loções capilares, ou medicamentos de uso oral. O principal objetivo é evitar a progressão da doença se esta estiver instalada, e estimular o crescimento dos fios.
Dependendo do caso, pode ser necessária a utilização de terapias aplicadas diretamente no cabelo como a argiloterapia, ou o uso de equipamentos como lasers de baixa intensidade e aparelhos de microagulhamento cutâneo.
Os procedimentos a seguir costumam ser prescritos por um tricologista e aplicado pelo terapeuta capilar, que podem ser esteticistas ou cabelereiros, dependendo do procedimento.
O tratamento é feito à base de máscaras de argila, que tem propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias, purificantes, adstringentes e antissépticas. Assim, as argilas desintoxicam e equilibram o pH do couro cabeludo, pois absorvem toxinas e impurezas, e ainda repõem minerais que estão faltando. Esse tratamento é indicado quando o couro cabeludo está muito oleoso ou intoxicado por excesso de produtos químicos.
A argilas verde e rosa são as mais usadas, sendo que a argila verde é indicada para peles oleosas por suas propriedades secativas, e a rosa é indicada para peles sensíveis e desidratadas por ter qualidades calmantes e hidratantes. As argilas também promovem a ativação do couro cabeludo.
A aromaterapia é um método que utiliza óleos essenciais e vegetais para auxiliar na cura de doenças e desequilíbrios do couro cabeludo e dos cabelos. Os tipos de óleo utilizados vão depender da condição do paciente, pois os óleos essenciais possuem ação antisséptica, cicatrizante, anti-infecciosa e estimulante do couro cabeludo.
A aplicação por massagem favorece a absorção dos óleos pela superfície do couro cabeludo. Os óleos essenciais que podem auxiliar no tratamento de cabelos secos são o cedro, camomila, sálvia-esclaréia e lavanda. Já para os cabelos oleosos recomenda-se os óleos de bergamota, limão, junípero, cipreste, ylang-ylang e patchouli. O óleo de alecrim é utilizado contra a queda dos fios e o óleo de tea tree é um aliado contra a caspa e piolhos.
É uma técnica que injeta gás carbônico medicinal no couro cabeludo. Depois da anestesia tópica, feita por meio de cremes, o gás carbônico é injetado na derme, a segunda camada da pele, por meio de uma agulha extremamente fina. A finalidade da carboxiterapia é aumentar a irrigação sanguínea na raiz dos fios e estimular os folículos capilares.
É usada para pacientes que têm calvície hereditária e também para combater o eflúvio telógeno, que é uma queda repentina de um grande número de fios que aparece cerca de três meses depois do evento que ocasionou a perda (que pode ser um evento traumático, estresse, pós-parto, anestesia, cirurgia, etc).
O número de sessões varia entre 10 a 20 sessões com duração entre 20 e 40 minutos por sessão, e com intervalos semanais ou quinzenais. O tratamento é contraindicado se houver lesões no couro cabeludo.
Um dos equipamentos elétricos que pode ser utilizado em âmbito terapêutico e estético é o gerador de alta frequência. O aparelho produz um campo eletromagnético no local de tratamento, o que estimula a circulação sanguínea local, fortalece o folículo piloso e reconstrói a cutícula capilar, melhorando a queda e o aspecto dos fios.
A ionização gerada pela corrente elétrica também melhora a absorção dos princípios ativos dos produtos pela pele. O equipamento ainda produz ozônio, que tem ação bactericida, bacteriostática e fungicida, o que é benéfico para pacientes com caspa e excesso de oleosidade.
A laserterapia, também conhecida como fotobiomodulação ou fototerapia capilar, utiliza de laser de baixa fluência e de LED para tratar da queda capilar, calvície feminina e masculina e para melhorar a qualidade, força e espessura dos fios. Por possuir ação anti-inflamatória com redução de edema, ocasiona um aumento da vascularização, o que promove a distribuição de nutrientes e oxigênio e acelera o processo de divisão celular e o crescimento epitelial.
Esses benefícios levam à diminuição da queda e estimulam o folículo piloso a produzir cabelo. Pode ser utilizado também para melhorar a cicatrização no pós-operatório de transplante capilar e em casos de dermatite seborreica (também conhecida como caspa). Se a fototerapia for aliada à produtos específicos para queda de cabelo, o resultado pode ser ainda melhor.
É um procedimento feito no couro cabeludo com um rolinho cheio de pequenas agulhas enfileiradas que causam pequenas feridas na pele e estimulam a produção de colágeno. É indicado para tratar a calvície e o afinamento do folículo capilar. Pode haver sangramentos, o que é uma resposta normal do couro cabeludo. Dependendo da sensibilidade à dor do paciente, pode ser usada uma pomada anestésica.
Os especialistas nesse procedimento indicam uma média de cinco sessões a serem feitas com um intervalo de um mês entre elas para que o couro cabeludo possa se recuperar e não fique demasiadamente irritado.
Vale ressaltar que as opções apresentadas de terapia capilar podem ser utilizadas de maneira conjunta para aumentar a eficácia dos resultados, podendo ser associadas a outros tipos de tratamentos, como sessões de mesoterapia, vacuoterapia, detox capilar, drenagem linfática capilar, e outros.
Embora os tricologistas possam ter diversas formações, os dermatologistas possuem melhores condições para lidar com questões mais técnicas, pois são médicos e possuem conhecimento sobre os fatores que afetam a saúde dos fios, como genética, doenças autoimunes e hormonais, infecções e uso de medicamentos.
Além disso, somente médicos podem utilizar todo o cabedal de instrumentos de análise – exames de sangue, dermatoscopia e biópsia do couro cabeludo são atribuições exclusivas dos médicos. Outros profissionais não podem solicitar certos exames e/ou não têm competência para interpretá-los, o que compromete o diagnóstico.
Para evitar dores de cabeça e danos à sua saúde, procure sempre um médico tricologista, pois quanto melhor o diagnóstico, melhor será a efetividade dos tratamentos sugeridos – assim você não desperdiça tempo nem dinheiro com tratamentos superficiais e que não funcionam para você. Fique atento, pois quanto mais invasivo for o tratamento, maior a preocupação que você deve ter com a formação do tricologista. Procure clínicas
O Centro de Tecnologia Capilar conta com os melhores tricologistas capazes de auxiliar os pacientes no tratamento de doenças capilares. Além disso, dispõe de tecnologias avançadas no diagnóstico e tratamento de queda capilar, tais como a tricoscopia, que é feita na primeira consulta para o diagnóstico do problema que leva à queda, e o capacete e o pente de led, terapias que estimulam o aumento do fluxo sanguíneo e a multiplicação celular, fornecendo mais oxigênio e nutrientes para o bulbo, além da microinfusão medicamentosa, da sucção a vácuo, e da mesoterapia capilar.
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