Existem vários motivos que fazem os cabelos caírem. Nas mulheres, as causas mais comuns incluem má-alimentação, alterações hormonais, efeitos colaterais de medicações, experiências traumáticas como acidentes, cirurgia e estresse crônico, além do excesso de procedimentos químicos. Os fios começam a cair no banho, se acumulam na escova e aparecem no travesseiro.
Outro problema muito comum nas mulheres é a alopecia androgenética, a popular calvície, só que nelas o padrão de queda é mais difuso, e o cabelo rareia na cabeça toda. Há, no entanto, outros tipos de alopecia que podem ser sintomas de outros problemas de saúde mais graves, e que precisam ser investigadas pelo médico.
Uma das formas de tratamento que vêm se tornando cada vez mais comum é a micropigmentação capilar feminina, também conhecida como dermopigmentação do couro cabeludo, que minimiza os efeitos causados pela calvície sem necessidade de cirurgia. Conheça mais sobre a técnica que disfarça as falhas na raiz e continue lendo.
A micropigmentação capilar é um método de camuflagem semipermanente do couro cabeludo em que são desenhados fios de cabelo nas áreas que apresentam falhas. Esse procedimento simula o crescimento capilar por meio da técnica conhecida como pontilhismo tridimensional, que aplica mais de 20 mil micropontos na camada superficial da derme. A ideia é disfarçar a falta de cabelo, cobrindo as imperfeições por meio de desenhos que imitam o cabelo raspado.
A micropigmentação capilar é indicada para pessoas que não obtiveram sucesso com tratamentos mais conservadores e/ou que possuem contraindicações ou não desejam realizar um transplante capilar. As mulheres podem se beneficiar dessa técnica seja para corrigir partes específicas que apresentem falhas, como as laterais da testa e o topo da cabeça, como para aplicar em todo o couro cabeludo a fim de trazer a aparência de volume em cabelos ralos.
Esse procedimento é contraindicado para grávidas, mulheres com doenças dermatológicas que provoquem feridas no couro cabeludo, e para aquelas que estiverem gripadas ou resfriadas no dia do procedimento.
Além disso, mulheres com cabelos de colorações muito claras, como branco, ruivo e loiro, devem evitar o processo, pois a coloração da micropigmentação tende a ficar mais clara com o tempo, e o resultado não é muito bom. Também é muito importante ter certeza da decisão sobre realizar o procedimento, pois sua remoção, apesar de possível, é bastante complicada.
O resultado do procedimento é bastante natural, pois a cor de pigmento usado imita a cor natural do cabelo de cada mulher e só é realizado em regiões onde não haja ausência total de cabelos. As pessoas próximas das mulheres que fazem a micropigmentação geralmente observam que houve mudança na rarefação do cabelo, mas não notam que o problema foi resolvido com esse tipo de camuflagem até que olham de perto. Essa técnica acaba com o fundo cor de pele do couro cabeludo e reproduz o efeito de cabelo com maior densidade e volume, o que rejuvenesce e recupera a autoestima das mulheres que sofrem com queda de cabelo.
O procedimento possui boa durabilidade, pois leva entre dois a cinco anos antes que a paciente precise fazer retoques. A duração irá depender tanto de fatores pessoais quanto de fatores externos. São eles:
Este processo permite que o problema da mulher seja resolvido em questão de horas, pois não é preciso esperar que o cabelo cresça como no transplante de cabelo. O procedimento pode ser feito em até quatro vezes, separando o couro cabeludo em áreas, mas assim que a micropigmentação é finalizada, já se percebe uma grande diferença. O resultado final aparece após uma semana, depois que o pigmento aplicado chega a seu tom final e a vermelhidão causada pelas agulhas desaparece.
Por ser um procedimento que atinge apenas a derme, não é invasivo, diminuindo o tempo de recuperação e as chances de complicações pós-tratamento, como o risco de infecções. A técnica da micropigmentação pode servir como alternativa a tratamentos mais invasivos, como a cirurgia do implante capilar. Em casos em que o implante é contraindicado, como não ter uma boa área doadora de fios volumosos e elásticos ou ter certas doenças (como a alopecia aerata, diabetes e hipertensão), a micropigmentação é uma boa solução.
Historicamente e culturalmente, os cabelos sempre foram símbolo de vitalidade, representando sensualidade para as mulheres, e por isso a calvície é muito temida pelo sexo feminino. Os problemas de queda de cabelo podem impactar as relações sociais, profissionais e pessoais, causando vergonha e constrangimento. A micropigmentação acaba com a aparência de cabelo ralo e atua na autoconfiança e autoestima da paciente, permitindo uma melhor qualidade de vida.
A micropigmentação custa menos e apresenta resultados mais rápidos e visíveis do que um transplante capilar. Além disso, pode ser feita independentemente do nível de calvície e falhas capilares, e ainda pode corrigir cicatrizes do couro cabeludo causadas por transplante.
A micropigmentação tem caráter definitivo, mas pode ser necessário fazer retoques a cada quatro ou cinco anos para eliminar o efeito desbotado, dependendo de fatores como: o tempo de exposição ao sol, o tipo de pele, a idade da paciente, e os cuidados tomados após o procedimento. Se a queda de cabelo for intensa, pode ser necessário fazer mais sessões de micropigmentação para preencher as novas áreas afetadas pela perda progressiva dos fios.
O procedimento da micropigmentação geralmente é feito em três sessões, o que leva aproximadamente 20 dias. Em cada sessão são aplicadas técnicas diferentes. Na primeira é feita a colorimetria, a aplicação de uma tinta própria para o couro cabeludo em se busca chegar o mais próximo possível da cor original do cabelo. Nessa etapa investiga-se a necessidade de cortar o cabelo para realizar o método ou não. Após a sessão, é normal ter um pouco de vermelhidão na área no couro cabeludo onde o procedimento foi realizado, o que geralmente desaparece no dia seguinte.
Depois de sete dias, quando a pele já cicatrizou, faz-se o pontilhismo degradê, que dá a impressão de densidade – é o momento em que a paciente já nota uma diferença. Depois de mais sete dias, na terceira e última sessão, faz-se o efeito 3D, que garante um resultado mais natural.
A técnica difere da tatuagem por ser feita na camada mais superficial da pele, a derme. O profissional precisa cuidar para que a aplicação não fure os capilares que irrigam o couro cabeludo, pois se o pigmento entrar em contato com a corrente sanguínea o ponto desenhado borra e fica com aparência artificial. Além disso, são utilizados pigmentos e instrumentos específicos para este procedimento, como o demógrafo (instrumento similar a uma lapiseira). Apesar de ser praticamente indolor, alguns casos requerem a aplicação de anestésicos locais.
Após cada sessão do procedimento, é necessário ficar três dias sem lavar a cabeça, e a partir do quarto dia deve-se aplicar uma pomada, como Bepantol líquido, antes e depois do banho. Também se recomenda não praticar exercícios físicos e se expor ao sol durante o período do procedimento para evitar que os pontos desenhados se expandam e borrem. Por ser na área da cabeça, pode haver certo desconforto ao se deitar ou encostar a cabeça nos primeiros dias.
É preciso incluir alguns hábitos na rotina, como lavar o couro cabeludo com água morna e shampoo neutro e sem pigmentos, hidratar a região para prevenir o ressecamento e surgimento de manchas, e utilizar protetores solares durante a exposição ao sol. Para aquelas com oleosidade excessiva, é preciso utilizar produtos específicos para retirar o sebo sem ressecar a pele.
Apesar do alto custo – entre R$ 2.500 e R$ 6.000, com todas as sessões incluídas – a micropigmentação apresenta resultados rápidos e visíveis, se comparados com outros métodos. Um transplante capilar, por exemplo, custa de R$ 10 mil a R$ 25 mil por sessão, e leva cerca de um ano para que os resultados definitivos apareçam.
É essencial que esse procedimento seja realizado por especialistas com experiência, pois as chances de o procedimento ficar esteticamente ruim são grandes. Com o crescimento da procura pela área estética, muitas pessoas sem qualificação estão oferecendo o procedimento. Para evitar prejuízo, procure clínicas e técnicos que operam há vários anos e possuem um vasto portfólio de resultados para mostrar. Converse com o profissional e tire todas as suas dúvidas.
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