A calvície é um problema que atinge tanto homens quanto mulheres, e pode interferir muito na autoestima. Por isso, cada vez mais são desenvolvidas novas tecnologias na área dos procedimentos estéticos, especialmente pensadas para serem menos invasivas e oferecerem maior satisfação para os pacientes.
Foi o que aconteceu com a técnica da micropigmentação capilar, também conhecida como dermopigmentação do couro cabeludo, que minimiza os efeitos causados pela calvície sem necessidade de cirurgia.
A micropigmentação capilar, também chamada de tricopigmentação, é um método de camuflagem semipermanente do couro cabeludo em que são desenhados fios de cabelo nas áreas que apresentam falhas. Esse procedimento simula o crescimento capilar por meio da técnica conhecida como pontilhismo tridimensional, que aplica mais de 20 mil micropontos na camada superficial da derme.
A ideia é disfarçar a falta de cabelo, cobrindo as imperfeições por meio de desenhos que imitam o cabelo raspado. Por isso, é possível aplicar o procedimento em todo o couro cabeludo, como no caso de homens completamente carecas, ou em áreas estratégicas, como as entradas na fronte da testa ou nas laterais da cabeça.
A micropigmentação também é utilizada para disfarçar a ausência de fios em regiões que têm cicatrizes ou para dar aparência de volume nos casos em que a queda capilar é difusa, como acontece na calvície feminina.
O procedimento da micropigmentação geralmente é feito em três sessões, o que leva aproximadamente 20 dias. Em cada sessão são aplicadas técnicas diferentes. Na primeira é feita a colorimetria, a aplicação de uma tinta própria para o couro cabeludo que busca chegar o mais próximo possível da cor original do cabelo.
Nessa etapa investiga-se a necessidade de cortar o cabelo para realizar o método ou não. Depois de sete dias, quando a pele já cicatrizou, faz-se o pontilhismo degradê, que dá a impressão de densidade – é o momento em que o paciente já nota uma diferença. Depois de mais sete dias, na terceira e última sessão, faz-se o efeito 3D, que garante um resultado mais natural.
A técnica difere da tatuagem por ser feita na camada mais superficial da pele, a derme. O profissional precisa cuidar para que a aplicação não fure os capilares que irrigam o couro cabeludo, pois se o pigmento entrar em contato com a corrente sanguínea o ponto desenhado borra e fica com aparência artificial.
Além disso, são utilizados pigmentos e instrumentos específicos para este procedimento, como o demógrafo (instrumento similar a uma lapiseira). Apesar de ser praticamente indolor, alguns casos requerem a aplicação de anestésicos locais.
A micropigmentação capilar é indicada para pessoas que não obtiveram sucesso com tratamentos mais conservadores e/ou que possuem contra indicações ou não desejam realizar um implante capilar.
A maioria das pessoas que procuram o procedimento são homens com alopecia androgenética, a popular calvície, que podem tanto ter necessidade de cobrir todo o couro cabeludo quanto partes específicas que apresentem falhas, dependendo do grau de calvície. As mulheres também optam pela aplicação para trazer a aparência de volume, já que geralmente possuem um padrão difuso de calvície em que os fios ficam ralos no topo da cabeça.
No entanto, pessoas com cabelos de colorações muito claras, como branco, ruivo e loiro, devem evitar o processo, pois a coloração da micropigmentação tende a ficar mais clara com o tempo. É essencial que esse procedimento seja realizado por especialistas, pois as chances de o procedimento ficar esteticamente ruim são grandes. Também é muito importante ter certeza da decisão sobre realizar o procedimento, pois sua remoção, apesar de possível, é bastante complicada.
Após cada sessão do procedimento, é necessário ficar três dias sem lavar a cabeça, e a partir do quarto dia deve-se aplicar uma pomada, como Bepantol líquido, antes e depois do banho. Também se recomenda não praticar exercícios físicos e se expor ao sol durante o período do procedimento para evitar que os pontos desenhados se expandam e borrem. Por ser na área da cabeça, pode haver certo desconforto ao se deitar ou encostar a cabeça nos primeiros dias.
É preciso incluir alguns hábitos na rotina, como lavar o couro cabeludo com água morna e shampoo neutro e sem pigmentos, hidratar a região para prevenir o ressecamento e surgimento de manchas, e utilizar protetores solares durante a exposição ao sol. Para aqueles com oleosidade excessiva, é preciso utilizar produtos específicos para retirar o sebo sem ressecar a pele.
Os principais benefícios deste procedimento estético são:
Historicamente e culturalmente, os cabelos sempre foram símbolo de vitalidade, representando virilidade para os homens e sensualidade para as mulheres, e por isso a calvície é muito temida pelos dois sexos. Os problemas de queda de cabelo podem impactar nossas relações sociais, profissionais e pessoais, causando vergonha e constrangimento. A micropigmentação atua na autoconfiança e autoestima do paciente, permitindo uma melhor qualidade de vida.
Apesar do alto custo – entre R$ 2.500 e R$ 6.000, com todas as sessões incluídas – a micropigmentação apresenta resultados rápidos e visíveis, se comparados com outros métodos. Um transplante capilar, por exemplo, custa de R$ 10 mil a R$ 25 mil por sessão, e leva cerca de um ano para que os resultados definitivos apareçam.
A micropigmentação tem caráter definitivo, mas pode ser necessário fazer retoques a cada quatro ou cinco anos para eliminar o efeito desbotado, dependendo de fatores como: o tempo de exposição ao sol, o tipo de pele, a idade do paciente, e os cuidados tomados após o procedimento. Se a queda de cabelo for intensa, pode ser necessário fazer mais sessões de micropigmentação para preencher as novas áreas afetadas pela perda progressiva dos fios.
Por ser um procedimento que atinge apenas a derme, não é invasivo, diminuindo o tempo de recuperação e as chances de complicações pós-tratamento, como o risco de infecções.
A técnica da micropigmentação pode servir como alternativa a tratamentos mais invasivos, como a cirurgia do implante capilar. Em casos em que o implante é contraindicado, como não ter uma boa área doadora de fios volumosos e elásticos, ou ter certas doenças (como a alopecia aerata, diabetes e hipertensão), a micropigmentação é uma boa solução, pois apresenta resultados muito mais rapidamente, diminui o tempo de recuperação e do risco de infecções pós-procedimento, e custa muito menos.
O procedimento possui boa durabilidade, pois leva entre dois a cinco anos antes que o paciente precise fazer retoques. A exposição solar é um dos principais fatores no desbotamento do pigmento utilizado, por isso a duração vai depender de quanto a pessoa se expõe ao sol, especialmente sem o uso de protetor solar ou chapéu e boné. A alimentação, idade, tipo de pele e cuidados tomados também influenciam na duração do tratamento.
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