A queda de cabelo pós-parto assusta muitas mães de primeira viagem, mas é um processo natural e esperado do organismo. Chamado de eflúvio telógeno pós-parto, aparece cerca de três meses depois do evento que ocasionou a perda – que no caso é o parto – pois é o tempo decorrido da morte do cabelo no folículo piloso até se desprender por completo.
Durante a gestação, o aumento no nível do hormônio estrógeno faz com que a maioria dos fios permaneça na fase de crescimento, e por isso o cabelo das grávidas geralmente é cheio de vida e brilhante. A queda dos fios acontece naturalmente para a maioria das mulheres no período de amamentação e de puerpério, e é causada pelas alterações nas taxas dos hormônios que foram desencadeadas pelo parto, especialmente do estrógeno.
O episódio de queda pode se intensificar devido ao estresse e cansaço provocado pelas mudanças que são introduzidas com a chegada de um filho, ou ainda devido ao estresse cirúrgico naquelas que tiveram que passar por uma cesariana. O fato de a mãe passar por uma relativa desnutrição devido à alta demanda por nutrientes do bebê também ajuda a desencadear o eflúvio. Na maioria dos casos, não há porque se preocupar, pois a queda dos fios é normal e temporária – depois de algum tempo os cabelos voltarão a crescer fortes e saudáveis.
O tempo de queda varia de três a seis meses, dependendo da demora do organismo para estabilizar os hormônios, que foram alterados pelo parto e pelo aspecto emocional. A reposição capilar é lenta após o parto porque o organismo está focado na recuperação e na produção de leite para a amamentação do bebê.
É preciso ficar atento ao tempo, pois se esse período de tempo se estender ou se a queda se agravar, é possível que haja outro problema, como anemia ou outros problemas nutricionais, doenças autoimunes e da tireoide, ou transtornos depressivos e ansiosos. Nesses casos é necessário procurar um médico para investigar e tratar as causas.
A queda normal de cabelo do pós-parto é difusa, ou seja, os fios caem em todas as áreas do couro cabeludo, não aparecendo falhas bem definidas e bem delimitadas. Se isto acontecer, é preciso consultar o médico, pois não faz parte da queda habitual do pós-parto. É importante saber que nem sempre os cabelos caem após o parto, eles podem apenas sofrer certas mudanças de textura, de volume e de brilho, e podem se tornar mais oleosos ou mais secos, mas são mudanças passageiras.
É possível utilizar algumas estratégias para diminuir a queda de cabelo e ajudar o corpo a se recuperar mais rápido do desgaste pós-parto, confira algumas delas:
Para aumentar o consumo diário de nutrientes é necessário variar o cardápio constantemente, o que garante uma ingestão equilibrada de proteínas, vitaminas e sais minerais. Geralmente, a falta de vitaminas do complexo B e da vitamina C predispõem à queda dos fios, bem como a falta de magnésio, ferro e zinco. Deve-se comer frutas, legumes, verduras, oleaginosas, e proteínas como queijos, ovos e carnes. Quanto mais colorido for o prato, maior será a variedade dos nutrientes. Uma dica é não comer a mesma coisa no almoço e no jantar a fim de acrescentar fontes de nutrientes diferentes em cada refeição. Outra forma de aumentar a ingestão de nutrientes é consumir vitaminas e sucos. Deve-se evitar frituras em excesso, gorduras ruins, álcool e doces, pois eles provocam inflamação, produzem radicais livres e aceleram a queda, assim como o tabagismo.
As mamães não podem esquecer de cuidar delas mesmas: além do cuidado com a alimentação, devem descansar e tomar sol, pois a falta de vitamina D pode aumentar a queda de cabelo. Só é preciso lembrar de não se expor ao sol nos horários perigosos, quando os raios ultravioletas são mais intensos, o que acontece das 10h até às 16h. Também não devem se esquecer de beber bastante água e praticar exercícios físicos, pois eles liberam endorfinas que diminuem o estresse e consequentemente a queda das madeixas.
Para evitar a queda dos fios é preciso ter alguns cuidados diários, como lavar o cabelo com frequência e controlar a oleosidade, já que o sebo e as impurezas prejudicam os folículos capilares. Usar shampoo, condicionador e sérum para queda de cabelo também ajuda.
Outra dica importante é utilizar o secador de cabelos se for lavar a cabeça à noite, ou lavar os cabelos de manhã, pois a umidade pode favorecer a proliferação de fungos. Deve-se evitar prender o cabelo molhado, utilizar escovas para desembaraçar depois do banho, e utilizar água muito quente.
Recomenda-se evitar o uso de secador e chapinha, além de procedimentos como a coloração, alisamento e escova progressiva, pois o calor e os químicos tornam os fios quebradiços e, consequentemente, intensificam a queda, chamada de alopecia traumática. Os penteados muito apertados como coques, tranças, e rabos de cavalo também causam esse tipo de alopecia, já que causam tração nos fios.
Se após um ano a queda de cabelo persistir, provavelmente a causa não está relacionada com a diminuição hormonal do pós-parto, e deve ser investigada, pois o normal é que os fios caiam dentro de três a seis meses após o nascimento do bebê. Nesse caso é provável que se trate de algum tipo de alopecia, o nome técnico para queda de cabelo.
A alopecia areata, conhecida popularmente como “pelada”, é uma doença inflamatória que lesa o folículo piloso e provoca a queda de cabelo, levando a falhas arredondadas ou ovais. A queda de cabelo pós-parto não causa este tipo de problema. Se isso estiver acontecendo, é preciso procurar um médico dermatologista ou tricologista para descobrir e tratar as causas da alopecia.
Esse especialista pode fazer o diagnóstico e dizer quais os tipos de tratamento e medicamentos mais indicados para o caso, bem como a dosagem correta e a duração da terapêutica. O Centro de Tecnologia Capilar conta com tecnologias avançadas no diagnóstico e tratamento de queda capilar, tais como a tricoscopia, que é feita na primeira consulta para o diagnóstico do problema que leva à queda, e o capacete e o pente de LED, terapias que estimulam o aumento do fluxo sanguíneo e a multiplicação celular, fornecendo mais oxigênio e nutrientes para o bulbo, além da microinfusão medicamentosa, da sucção a vácuo, e da mesoterapia capilar.