Descubra por que o estresse é uma das principais causas da queda de cabelo, os motivos que pioram o quadro e como tratar o problema
A escova cheia de cabelos e os tufos de cabelos que se desprendem durante o banho tornaram-se um sinal de alerta para muitos homens e mulheres. Além de doenças autoimunes, e infecciosas, alterações hormonais, deficiências nutricionais e calvície hereditária, uma das principais causas da queda de cabelo em ambos os sexos é o estresse.
Os tricologistas (dermatologistas especializados em cabelo) receberam queixas em seus consultórios durante o ano de 2020 de pacientes que, devido ao estresse provocado pela pandemia de covid-19, tiveram queda acentuada dos fios.
Conhecida popularmente como “pelada”, o nome da doença que causa queda de cabelo por estresse é alopecia areata, uma condição caracterizada pela perda de cabelo ou de pelos em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo ou em outras partes do corpo.
O estresse é um conjunto de reações orgânicas e psíquicas desenvolvidas pela evolução para preparar o organismo quando este recebe um determinado estímulo considerado ameaçador. O corpo se prepara para fugir ou lutar com o suposto agressor, ficando em estado de alerta e sintetizando altas doses de hormônios, principalmente adrenalina, cortisol e norepinefrina.
Apesar de o estado alerta ser um fator importante para a própria sobrevivência humana, a exposição contínua a essas substâncias pode se tornar nociva para o organismo, desencadeando doenças e problemas de ordem física e psicológica, tais como dores de cabeça, estômago e peito, problemas gastrointestinais, tontura, insônia, cansaço e fadiga crônica, tensão e dores musculares, taquicardia, alergias, aumento de peso, redução do apetite, ansiedade, apatia, irritabilidade, desmotivação, problemas de memória e concentração, agitação, nervosismo, isolamento e depressão.
Além de tudo isso, a pessoa estressada pode sofrer de uma queda capilar temporária, impulsionada por um momento de grande tensão, o chamado eflúvio telógeno, que acontece cerca de três meses depois do momento traumático, que pode ser uma grande perda, um acidente ou a notícia de doença grave.
Já a alopecia areata é causada pela reação do sistema imunológico a altos níveis de estresse contínuo, atacando os folículos capilares e inativando-os, o que resulta em pequenos círculos sem cabelos conhecidos como “peladas”. A pele é lisa e brilhante e os pelos ao redor da área falhada saem facilmente se forem puxados. Em casos raros de alopecia totalis ocorre a perda de todos os fios de cabelo, e somente em situações extremas é que ocorre a perda de todos os pelos do corpo além dos cabelos, condição conhecida como alopecia universalis.
Quando a pessoa entra em contato com o estímulo estressor, o sistema nervoso envia sinais químicos, que são liberados na raiz dos fios, ocasionando uma pausa no crescimento. Isso porque, fisiologicamente falando, o corpo entende que os cabelos são menos importantes. As vitaminas e proteínas que antes eram direcionadas aos fios são direcionadas pelo sangue para órgãos mais importantes. O organismo também acelera a produção de uma substância conhecida como estriol, que impede a entrada de nutrientes na região capilar e reprime o crescimento dos cabelos.
A mesma coisa acontece com a oxigenação, que aos poucos deixa de fluir para estruturas menos vitais como o couro cabeludo para alimentar melhor o cérebro, coração e pulmões. Isso ocorre porque o cortisol liberado pelo organismo leva a uma vasoconstrição generalizada, que pode resultar em ressecamento da pele e diminuição da irrigação do couro cabeludo e das extremidades, gerando ressecamento da pele, enfraquecimento das unhas e cabelos quebradiços que se desprendem com facilidade. Assim, além de os fios caírem, cria-se uma autoinibição do crescimento dos cabelos.
É importante lembrar que esse tipo de queda é reversível, desde que a causa seja tratada e eliminada, pois como os folículos pilosos não são destruídos, o cabelo pode crescer novamente.
Veja alguns fatores que podem acentuar o quadro de queda de cabelos por estresse:
A alimentação é fundamental para a manutenção da saúde capilar. É a partir do consumo de vitaminas, proteínas e sais minerais que o corpo poderá direcionar esses nutrientes aos folículos pilosos.
Uma alimentação pouco nutritiva, como ocorre em dietas muito restritivas para a perda de peso ou constituídas de junk food ou fast food, eleva as taxas de cortisol no organismo, o que provoca inflamação e vasoconstrição do couro cabeludo, resultando na queda dos fios.
A dermatite seborreica é uma inflamação com descamação e coceira no couro cabeludo, conhecida popularmente como caspa, que costuma piorar com o estresse e agravar o quadro de queda.
A ingestão de álcool e do tabaco provoca aumento da produção de radicais livres no nosso corpo, os quais promovem inflamação nos tecidos, incluindo a pele do couro cabeludo. Toda inflamação pode promover aumento da queda de cabelos. Além disso, o consumo de álcool e de cigarros diminui o aporte de oxigênio para o couro cabeludo, resultando também no desprendimento dos fios dos bulbos capilares.
Os exercícios físicos liberam hormônios e neurotransmissores benéficos na corrente sanguínea, como a endorfina, que contrabalança os efeitos do cortisol e alivia os sintomas de do estresse. Por isso o sedentarismo trabalha contra a saúde em geral do corpo, e pode piorar a queda de cabelo em épocas estressantes.
Veja o que fazer para tratar a queda de cabelo por estresse e evitar que o quadro se agrave:
Se você notar que a perda dos fios é muito exagerada (quando ultrapassa 150 fios por dia), a queda é patológica, e deve ser investigada preferencialmente por um tricologista ou um dermatologista, pois o diagnóstico precoce é fundamental para reverter os quadros de alopecia areata.
O tratamento da queda de cabelo causada por estresse geralmente consiste na ingestão de suplementos vitamínicos para o fortalecimento dos fios e medicamentos de aplicação tópica contendo corticosteróides ou agentes vasodilatadores para auxiliar na redução da inflamação e aumentar a oxigenação do couro cabeludo. Também existem outros procedimentos como o laser de baixa potência, a carboxiterapia, a mesoterapia e a eletroterapia.
Em casos de queda de cabelo por estresse, o tratamento psicológico é às vezes mais importante que o tratamento médico, pois ataca o problema pela raiz: a queda de cabelo, dores pelo corpo, gripes e resfriados de repetição, tensão e alterações no humor, tristeza e isolamento social são sinais de problemas emocionais não resolvidos.
É bom lembrar que as reações do corpo aos estímulos estressores também incluem estímulos vindos de dentro, tais como uma autoexigência exagerada e a dificuldade de interpretar as dificuldades de forma realista. Além de ser fundamental para lidar com o estresse, a psicoterapia também é fundamental para o paciente desenvolver a autoestima após os episódios de queda de cabelo.
Em vários casos, a queda de cabelo pode estar associada a enfermidades de natureza imunológica, como ocorre por exemplo com a alopecia areata, que está associada a outras doenças crônicas e autoimunes, como alergias, psoríase, vitiligo, lúpus e tireoidites. Portanto, é necessário reforçar as medidas que aumentam a imunidade natural do corpo.
Para isso, é preciso investir em uma alimentação saudável e balanceada, fazer exercícios físicos regularmente, tomar um pouco de sol para obter vitamina D, garantir boas noites de sono e evitar maus hábitos como fumar ou beber. A prática da meditação ou da reza (no caso de pessoas religiosas) também se mostram eficazes na redução do estresse e no fortalecimento da imunidade.
Ao notar que seu cabelo está caindo ou apresenta caspa ou descamação, feridas, dor e coceira, é necessário procurar um especialista. A queda de cabelo pode ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico, que é o único capacitado para dizer qual a conduta é mais indicada para o seu caso.
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