A calvície é um problema que atinge tanto homens quanto mulheres e pode interferir muito na autoestima. Existem diversos motivos que fazem os cabelos caírem, um problema conhecido pela Medicina como alopecia. E entre as opções para reduzir o impacto da calvície está a micropigmentação na cabeça, espécie de maquiagem definitiva.
Apesar de não fazer crescer novos fios, a técnica consegue disfarçar as áreas calvas por meio do desenho de pequenos pontos no couro cabeludo. E é sobre isso que trata este artigo. Acompanhe.
A micropigmentação capilar ou micropigmentação na cabeça, também chamada de tricopigmentação ou dermopigmentação, é um método de camuflagem semipermanente do couro cabeludo em que são desenhados fios de cabelo nas áreas que apresentam falhas.
Esse procedimento simula o crescimento capilar por meio da técnica conhecida como pontilhismo tridimensional, que aplica mais de 20 mil micropontos na camada superficial da derme. A ideia é disfarçar a falta de cabelo, cobrindo as imperfeições por meio de desenhos que imitam o cabelo raspado.
Por isso, é possível aplicar o procedimento em todo o couro cabeludo, como no caso de homens completamente carecas, ou em áreas estratégicas, como as entradas na fronte da testa ou nas laterais da cabeça.
A micropigmentação também é utilizada para disfarçar a ausência de fios em regiões que têm cicatrizes ou para dar aparência de volume nos casos em que a queda capilar é difusa, como acontece na calvície feminina.
A micropigmentação do couro cabeludo pode ser feita de duas maneiras.
1. A primeira visa preencher pequenas áreas calvas em pessoas que ainda têm bastante cabelo e por isso os pontos são desenhados próximos à raiz para dar a impressão de volume. Geralmente atende os casos de calvície feminina, que são mais difusos.
2. A segunda maneira é indicada para casos de calvície masculina em que há grande perda de fios no topo da cabeça, e exige que os fios sejam totalmente raspados. Isso porque são desenhados pontos que imitam a aparência dos folículos capilares, dando a impressão de cabelo raspado com máquina zero.
O procedimento da micropigmentação na cabeça costuma ser feito em três sessões, o que leva aproximadamente 20 dias. Em cada sessão, depois da anestesia local, são aplicadas técnicas diferentes. Na primeira, é feita a colorimetria, a aplicação de uma tinta própria para o couro cabeludo em se busca chegar o mais próximo possível da cor original do cabelo.
Depois de sete dias, quando a pele já cicatrizou,na segunda sessão, faz-se o pontilhismo degradê, que dá a impressão de densidade.
Por fim, na terceira sessão, depois de mais uma semana, faz-se o efeito 3D, que garante um resultado mais natural.
Importante: A técnica difere da tatuagem por ser feita com agulhas mais finas e atingir apenas a camada mais superficial da pele. Além disso, são utilizados pigmentos e instrumentos específicos para este procedimento, como o demógrafo (instrumento similar a uma lapiseira).
A micropigmentação capilar é indicada para pessoas que não obtiveram sucesso com tratamentos mais conservadores e que possuem contraindicações ou não desejam realizar um transplante capilar.
A maioria das pessoas que procuram o procedimento são homens com alopecia androgenética, a popular calvície, que podem tanto ter necessidade de cobrir todo o couro cabeludo quanto partes específicas que apresentem falhas, dependendo do grau de calvície.
As mulheres também optam pela aplicação para trazer a aparência de volume, já que geralmente possuem um padrão difuso de calvície em que os fios ficam ralos no topo da cabeça.
No entanto, pessoas com cabelos de coloração muito clara, como branco, ruivo e loiro, devem evitar o processo, pois o pigmento da micropigmentação tende a ficar mais claro com o tempo.
Após cada sessão do procedimento é necessário ficar três dias sem lavar a cabeça. A partir do quarto dia deve-se aplicar uma pomada, como Bepantol líquido, antes e depois do banho.
Também se recomenda não praticar exercícios físicos, se expor ao sol ou vapor durante o período do procedimento para evitar que os pontos desenhados se expandam e borrem.
É preciso lavar o couro cabeludo com água morna e shampoo neutro e sem pigmentos e utilizar protetores solares durante a exposição ao sol.
Deve-se hidratar a região para prevenir o ressecamento e surgimento de manchas, e para aqueles com oleosidade excessiva, é preciso utilizar produtos específicos para retirar o sebo sem ressecar a pele.
O procedimento possui boa durabilidade porque leva entre dois a cinco anos antes que o paciente precise fazer retoques.
A exposição solar é um dos principais fatores no desbotamento do pigmento utilizado, por isso a duração vai depender de quanto a pessoa se expõe ao sol.
A alimentação, idade, tipo de pele e cuidados tomados também influenciam na duração do tratamento.
Por ser um procedimento não invasivo, a micropigmentação capilar diminui o tempo de recuperação e as chances de complicações pós-tratamento, como o risco de infecções, servindo como alternativa para quem não pode ou não quer realizar cirurgia capilar.
A micropigmentação na cabeça também possui excelente custo-benefício, pois o procedimento custa menos e apresenta resultados mais rápidos e visíveis do que um transplante capilar. O resultado final demora apenas uma semana, contra um ano da cirurgia.
Além disso, pode ser feita independentemente do nível de calvície e falhas capilares, e ainda pode corrigir cicatrizes do couro cabeludo causadas por transplante ou trauma físico, melhorando a autoconfiança e autoestima de homens e mulheres.
É essencial que esse procedimento seja realizado por especialistas, pois a região da cabeça possui mais glândulas sebáceas, que se atingidas podem fazer com que a coloração fique grossa e azulada.
Além disso, o profissional precisa cuidar para que a aplicação não fure os capilares que irrigam o couro cabeludo, pois se o pigmento entrar em contato com a corrente sanguínea o ponto desenhado borra e fica com aparência artificial.
Também é muito importante ter certeza da decisão sobre realizar o procedimento, pois sua remoção a laser, apesar de possível, é bastante complicada.
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