A dermatite seborreica é um problema que afeta o couro cabeludo e regiões oleosas da pele, sendo conhecida também como caspa, eczema ou seborreia. Doença da pele bastante comum, é uma inflamação crônica que surge em áreas que têm grande número de glândulas sebáceas, como o rosto.
Apesar de ser uma doença de pouca gravidade, essa dermatite pode ser desconfortável devido à coceira e à aparência das lesões, que também podem causar constrangimento quando surgem em partes visíveis do corpo.
Esta condição acomete cerca de 20% da população mundial, especialmente os homens, e pode desaparecer sem tratamento. Em casos em que as lesões forem muito intensas é possível controlar os sintomas com medicamentos específicos para a pele e o couro cabeludo.
O eczema seborreico é uma inflamação na pele que causa descamação, vermelhidão e coceira em algumas áreas da face, como sobrancelhas, cantos do nariz, pálpebras e orelhas, além de poder atingir o canal auditivo, o couro cabeludo, o peito e as costas.
Quando a doença acomete o couro cabeludo ocorre a produção de caspa, aglomerados de células mortas na forma de flocos brancos que se desprendem da pele. Lesões de pele tipo rash, com placas vermelhas que coçam, acompanham o quadro.
Essa doença não é contagiosa e não reflete falta de higiene. Seu aparecimento está relacionado a alterações nas glândulas sebáceas e componentes imunológicos em pessoas predispostas.
O curso clínico da doença é crônico, ou seja, há períodos de melhora e piora dos sintomas ao longo das décadas, mas a condição não desaparece totalmente. As lesões podem aparecer novamente quando as condições ambientais forem propícias, como clima frio e seco ou em situações de estresse.
Existe também um tipo de dermatite seborreica que ocorre em recém-nascidos, chamado de crosta láctea, que se caracteriza pela presença de escamas amareladas ou marrons no couro cabeludo, mas esta é uma condição inofensiva e temporária.
As causas da dermatite seborreica não estão totalmente esclarecidas. Sabe-se, porém, que seu aparecimento está relacionado a alterações nas glândulas sebáceas e componentes imunológicos.
Apesar de nem todos os pacientes acometidos terem um aumento na produção de sebo, o desenvolvimento dos sintomas em áreas da pele ricas em glândulas sebáceas indica a participação destas estruturas na doença.
Essa dermatite também parece estar relacionada com a reação imunológica do corpo ao fungo do gênero Malassezia (antigamente chamado de Pityrosporum ovale), que normalmente está presente na secreção oleosa da pele.
Porém, os pacientes afetados não necessariamente possuem uma maior população desse fungo em sua pele. O Malassezia faz parte da flora da cútis, sendo encontrado em muitas pessoas que não desenvolvem a doença.
É a forma como o sistema imunológico do paciente lida com a presença desse fungo na pele que parece ser a causa da inflamação e dos sintomas. Essa resposta irregular do sistema imune parece ser afetada por fatores genéticos, pois a dermatite seborreica geralmente ocorre em famílias.
Assim, esse eczema afeta com mais gravidade pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como doentes com distúrbios neurológicos (especialmente doença de Parkinson), com HIV/AIDS, com câncer ou que tenham passado por transplante de órgãos.
Estresse, fadiga, depressão e o uso de certos medicamentos e do fumo também podem ser os gatilhos para uma crise, bem como tempo frio e seco, mudanças bruscas de temperatura, ingestão de alimentos gordurosos ou bebidas alcoólicas ou após banhos quentes.
Não existe cura para dermatite seborreica, podendo surgir várias vezes ao longo da vida. No entanto, estão disponíveis tratamentos que controlam os sintomas a fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Os casos leves em que o principal sintoma é a caspa no couro cabeludo podem ser controlados apenas com shampoo anticaspa com antifúngicos. Os mais comuns são:
Se não houver melhora, um médico dermatologista deve ser consultado. Ele poderá prescrever antimicóticos na forma de creme ou uma solução de corticosteroide para aliviar a coceira e controlar lesões mais graves.
Lesões que atingem a face ou o tronco costumam se beneficiar de cremes com uma combinação de corticoides e antifúngicos, como hidrocortisona + cetoconazol. Outras opções incluem cremes ou pomadas com pimecrolimos ou tacrolimos, medicamentos com propriedades imunossupressoras.
Os tratamentos caseiros incluem o uso do gel da babosa, que pode ser aplicada diretamente no couro cabeludo por possuir propriedades que ajudam a eliminar a caspa. Também pode-se aplicar nas regiões afetadas óleo de melaleuca diluído em outro óleo vegetal, já que a árvore do chá possui qualidades antibacterianas, cicatrizantes e antifúngicas.
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