Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cabelo, 25% dos brasileiros entre 20 e 25 anos sofrem com algum grau de calvície. Problema que atinge os jovens, a calvície precoce afeta a autoestima de pessoas na flor da idade, para quem a queda de cabelo geralmente não é um problema.
Por sorte, é possível tratar o quadro enquanto o grau de calvície for leve ou moderado.
Este post irá abordar as causas e os tipos de tratamentos para a calvície prematura, acompanhe!
A calvície é o nome popular para a alopecia androgenética, uma condição que ocorre em homens e mulheres predispostos geneticamente, mas que é mais frequente no caso masculino, já que eles têm níveis muito mais altos de testosterona, hormônio envolvido no problema.
Altas doses desse hormônio são convertidas em di-hidrotestosterona (DHT), uma molécula que atua nos bulbos e fragiliza os fios. Os fios passam então por um processo de miniaturização, e vão ficando cada vez mais finos até se tornarem imperceptíveis.
Geralmente a calvície precoce acomete homens entre 20 e 25 anos, mas pode começar de forma extremamente prematura, atingindo adolescentes de 17 anos. Isto acontece porque o DHT está muito presente nos folículos capilares de homens predispostos, e em menor grau, de mulheres.
Como a alopecia androgenética é hereditária, não é possível prevenir. Se você tem parentes como avós, pai ou irmão calvo ou com entradas, é provável que também irá desenvolver a condição. Esse tipo de alopecia se intensifica com o avanço da idade, atingindo até 80% dos homens com mais de 80 anos.
A calvície não tem cura, mas os sintomas têm tratamento, e é possível estabilizar o quadro. Neste caso, o diagnóstico precoce é fundamental, já que com o passar dos anos o grau de calvície continua a avançar.
Agora, se a queda de cabelo for causada por outros fatores, como falta de nutrientes essenciais, uso de medicamentos e cosméticos ou estresse, é possível prevenir por meio da adoção de hábitos de vida saudáveis, como alimentação regrada, prática de atividades físicas, boas noites de sono, banhos de sol, etc.
Se a calvície for entendida como alopecia (do grego alopexia, derivado de alópex, raposa, que perde os pelos repentinamente), outras causas além da genética podem causar queda de cabelo.
A queda de cabelo por estresse, por exemplo, se deve ao aumento do hormônio cortisol, que é liberado em excesso durante períodos de estresse prolongado, e que atinge os folículos capilares, fazendo os fios caírem cerca de 3 meses após o evento estressante.
Esse fenômeno é conhecido por eflúvio telógeno, e também acontece devido ao uso de certos medicamentos como anticoagulantes e antidepressivos, por deficiências nutricionais (falta de biotina, sulfato ferroso e zinco) e devido a cirurgias, como a bariátrica e cardíaca.
Desequilíbrios hormonais como o hipotireoidismo, a menopausa e o pós-parto também ocasionam a perda dos cabelos, além de doenças infecciosas com a sífilis e o Covid-19, doenças autoimunes como o lúpus, doenças metabólicas como a diabetes, e problemas intestinais como a Doença de Chron.
A alopecia areata é outra condição ligada a fatores autoimunes do corpo e/ou questões emocionais que provoca a inflamação dos folículos pilosos, inativando-os e fazendo com que tufos de cabelo caiam, deixando áreas ovais lisas e brilhantes no couro cabeludo.
Já a alopecia traumática ocorre devido a lesões de várias origens, incluindo queimaduras e acidentes, excesso de procedimentos químicos como permanentes e uso de penteados muito apertados, como rabo de cavalo.
Além disso, a dermatite seborreica, uma inflamação que atinge o couro cabeludo, pode fazer o cabelo cair e provocar aumento da oleosidade, descamação (caspa), coceira e vermelhidão.
Mito. O fato de ingerir mais proteínas não protege da calvície precoce, mas pode dar um aspecto saudável aos fios.
Verdade, pois os excessos de procedimentos químicos, como a coloração, alisamento e escova progressiva, além do uso do secador e de chapinha, tornam os fios quebradiços e, consequentemente, intensificam a queda de cabelo.
Verdade, pois situações de estresse podem ser um gatilho para o surgimento da alopecia androgenética, calvície causada por fatores genéticos.
A melhor forma de tratar a calvície precoce é consultando com um dermatologista ou tricologista. A calvície tem diversas causas, de modo que o tratamento irá variar de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico.
O tratamento da calvície precoce clássica, ou seja, a alopecia androgenética, será feito de acordo com o nível de gravidade do caso, podendo ser recomendado o uso de medicamentos tópicos e orais, ou em casos bem avançados, até mesmo do transplante capilar.
O médico poderá indicar a finasterida, medicamento de uso oral que atua no couro cabeludo bloqueando a ação de uma enzima que transforma a testosterona em um hormônio que afina e enfraquece os fios.
Loções que contenham Minoxidil ou alfaestradiol também podem ajudar, pois atuam como agentes vasodilatadores que reduzem a inflamação e aumentam a oxigenação do couro cabeludo.
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